CARGA GERAL: EXPANSÃO ANUAL MÉDIA CHEGA A 4,1%
Escrito por: Antf | postado em: 07/06/2023
Produção ferroviária total aumentou 170,5% em TKU desde o início da série histórica, com uma redução de 0,1% em 2022 e crescimento anual médio de 4,1%.
Desde o início das concessões, processo ocorrido há mais de duas décadas e meia, as ferrovias voltaram a exercer um papel de destaque na logística brasileira, e têm ampliado de forma significativa os seus índices de produtividade.
A gestão das empresas concessionárias associadas à ANTF garantiu um robusto aumento da eficiência das ferrovias nos últimos anos. Em 2022, a produção ferroviária atingiu 371,1 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil), o que significa uma elevação de 170,5% desde o início das concessões — a produção era de 137 bilhões de TKU em 1997.
O avanço medido em toneladas úteis (TU) foi igualmente expressivo nesse mesmo período: o transporte de cargas atingiu 500,8 milhões de toneladas, bastante superior ao volume de 1997, de 253 milhões de toneladas; aumento de 98%.
O transporte ferroviário de Carga Geral em 2022, apresentou um crescimento de 11,7% em sua produção (TKU) em comparação a 2021, saindo de 109,7 bilhões de TKU para 122,3 bilhões de TKU, já na movimentação de carga esse crescimento foi de 6,4%, saindo de 133,2 milhões de TU em 2021 para 141,7 milhões de TU em 2022. Quando comparado a 1997 – início das concessões – esse crescimento é de 111% na movimentação (TU) e 353,8% na produção (TKU). Com tal crescimento o transporte de carga geral representa 33% da produção ferroviária e 28% da carga movimentada.
A movimentação de Carga Geral é muitas vezes feita por contêineres e revela uma diversificação bastante relevante no portfólio de produtos: de cerveja a televisores, de ovos embalados a vidro, de materiais de higiene e de limpeza a carnes e bebidas, todos eles incorporados às carteiras das concessionárias associadas à ANTF. O transporte de carga conteinerizada em 2022 teve um crescimento de 19% em comparação a 2021, sendo transportado mais de 575 mil TEUs, gerando um crescimento anual de 22,7%.
A rigor, trata-se de uma mudança de paradigma para o setor ferroviário: ele continua fortíssimo no transporte de commodities minerais e agrícolas, essenciais para a economia brasileira. Mas é cada vez maior o destaque aos produtos industrializados. E não por acaso. Ao contrário do que se costuma pensar, as ferrovias são ideais para o transporte de produtos sensíveis e/ou de alto valor agregado, porque — sobre trilhos — vagões e mesmo composições inteiras não sofrem grandes oscilações ao longo do trajeto, o que explica, em grande medida, os exemplos acima.
É por intermédio das ferrovias que grandes volumes de commodities chegam aos portos brasileiros, o que permite a elevação contínua das exportações, ampliando o superávit do comércio exterior brasileiro. Atualmente, cerca de 48% das commodities agrícolas chegam aos portos por ferrovia, e esse número é ainda mais acentuado quando se trata de açúcar e milho (cerca de 50%) já o transporte de granéis minerais ultrapassa 90%.
Para garantir a continuidade do crescimento das ferrovias de carga e manter a sua grande contribuição para a economia brasileira, é preciso o reconhecimento do trabalho já desenvolvido pelas concessionárias e ampliar a capacidade da malha existente, possibilitando que os trilhos cheguem a outros importantes polos produtores do País.